A FEBRE DAS IT BAGS

Não é de hoje que as celebridades mundo afora lançam moda por aí. E aliadas a marcas que são sonho de consumo de 9 em cada 10 mulheres, não há quem segure os impulsos consumistas. É daí que surgem as It Bags. Sabe aquela bolsa que a gente acha chiquérrima e que de tanto ver nos braços das mulheres em revistas de moda e estilo parece que nenhuma roupa que a gente coloca fica boa o suficiente sem ela.

Mas nem tudo está à disposição da maioria das pessoas desse mundo! Afinal, quem está disposto a pagar mais de R$ 200.000,00 em 30 cm de bolsa??? Tudo bem que elas ultrapassam esta definição e podem ser encaradas até como jóias. Além de materiais mega luxuosos, como couro de crocodilo, avestruz e outros animais exóticos, elas ostentam diversos metais e pedras preciosas!

Desde o ano passado que o conceito “It Bag” vem sendo questionado per muito fashionistas mundo afora. É que parece que toda esquina hoje em dia vende uma Chanel ou uma Louis Vuitton e o quesito de exclusividade despenca ladeira abaixo. Dezenas de subcelebridades, que buscam seus 15 minutos de fama passeiam tranqüilamente, ostentando aquilo que deveria ser um objeto utilizado pelas pessoas mais chiques do mundo. Afinal, quem está disposto a gastar uma nota em uma bolsa e escutar de alguém: “Mas esta não é a bolsa que aquela mulher fruta estava usando no shopping junto com um salto de acrílico? Eu vi em algum site de fofoca!”.

Outra polêmica em torno das It Bags são as inspired. São aquelas bolsas idênticas as originais, mas que variam nas cores, materiais e detalhes, mas que em geral, são cópias dos modelos-desejo da mulherada. A discórdia começou com as bolsas de moletom da Pop Up Store e diversas outras marcas resolveram entrar na onda e praticamente todas tem um modelo para chamar de seu.

Acredito que copiar um produto (que precisou de criatividade, paciência e muito tempo para ser produzido) não é legal. Imagina, um designer gasta seu tempo e seu dinheiro para conseguir o produto perfeito e vem outra marca e simplesmente copia e cola na sua vitrine. Mas ao mesmo tempo, quando uma marca se inspira (daí o termo “Inspired”) em algo para criar algo novo, o objeto de inspiração passa a ser cada vez mais valorizado. Todos querem ter uma Birkin da Hermès, mas como não podem, compram uma de moletom da Pop Up Store. Poucas pessoas podem falar “A minha é a original mesmo”.

Cópia é diferente de falsificação. Fazer uma bolsa meia boca e colocar o símbolo da Chanel na frente é inadmissível. Não só no caso das bolsas, mas dos sapatos, roupas, jóias e equipamentos eletrônicos. Fora que tudo isso é contrabando, é ilegal!!!!

Quem sabe, as inspired não sirvam pra inibir um pouco as falsificações??? Pra que comprar uma bolsa que veio do Paraguai se você pode comprar uma com garantia de qualidade, de uma marca que você conhece e que pode ir lá reclamar se algum problema ocorrer com o produto???